Posso afirmar com certeza de que, neste momento, não há nenhum anime do qual eu goste mais do que eu gosto de Ghost in the Shell: Stand Alone Complex. Os motivos são tantos que fica até difícil decidir por onde começar.
Primeiro, o mais óbvio: os gráficos são um show. A animação em si é excelente, a abertura é de tirar o fôlego, e os designs dos personagens são realistas. Nada de menininhas de 14 anos impossivelmente magras com olhos do tamanho de pratos, e não se vê nenhum penteado espetado e multicolorido por quilômetros. A Major Motoko Kusanagi em sua mais recente encarnação deve ser uma das maiores beldades animadas de todos os tempos e não é apenas por causa da aparência. Como diz aquela música, "it's in the way she moves".
E, enquanto estamos falando de personagens, eu não me lembro de ter visto personalidades e histórias pessoais melhores fora de um livro. Além de serem coerentes e plausíveis para o cenário, os pedacinhos da vida dos policiais da Sessão 9 que nos são revelados são também excelentes fontes de drama. Mesmo quando eles agem de forma um pouco estranha, é possível perceber que há uma razão para tanto.
Aliás, há uma razão para tudo nesse anime. As histórias são tão boas que me faltam palavras para elogiá-las à altura. Este é um dos pouquíssimos animes que ousa pensar. Acho que o único outro que eu conheço bem é o Gasaraki, e, ao contrário deste, Stand Alone Complex consegue apresentar cenas bizarras e combates legais enquanto dá um nó na sua cabeça (procure pelas referências ao Apanhador no Campo de Centeio). Além disso, em vários momentos a série chega a ser tocante, ou então consegue deixá-lo ansioso para ver o que vai acontecer a seguir.
Por último, a trilha sonora é composta pela Yoko Kanno. E a música de abertura é cantada em russo. Em russo! Quero dizer, como é possível não gostar disso?
quarta-feira, abril 23, 2003
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